06 dezembro, 2017

Talvez eu esteja inerte demais.
Talvez eu esteja tentando voltar a uma armadura que já não me serve mais.
Ando muito encolhida. Há um tempo o sol que me ilumina não é o mesmo e eu me acomodei a não receber toda a energia de antes.
Me acomodei a ser pequena.
Me acomodei a não ter espaço.
Me acomodei porque achei que estava protegida quando na verdade eu estava só escondida.
Não havia do que me proteger. Não havia o que enfrentar. Eu já havia derrotados meus monstros mas mesmo assim decidi fugir quando tive uma chance.
Porque eu não fui feita para batalhas. Ou achava que não havia sido feita. Eu não tinha noção do que havia enfrentado até sentir saudades da parte de mim que estava na guerra.
E foi nesse momento de lucidez em meio ao meu aperto que percebi o quanto eu já havia feito. Não foi nada pequeno. Fui heroica quando eu menos achei que fosse ter forças para enfrentar a vida. Fui resistente quando pessoas ao meu redor largavam suas espadas. Eu soube lutar. Soube percorrer meus obstáculos porque eu tinha forças, porque eu queria provar pra mim que eu podia.
E eu pude.
E eu posso.
É isso que eu preciso lembrar.
Eu ainda posso conquistar o mundo se eu sair do meu casulo. Se eu dissolver a muralha que agora atrapalha o sol de me iluminar. Eu ainda posso ser o que quiser e enfrentar qualquer batalha porque eu sou capaz.
Eu só preciso encontrar a armadura certa, inflar o peito e me jogar.
Porque por mais dolorosas que as lutas possam ser, eu sei que posso ganhar.

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